quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Cântigas: para todo mundo ver e ouvir

Cântigas, acredito eu, foi uma das primeiras formas que os juglares da idade média usavam para entoar seus versos e rimas e assim contar estórias e alegrar o povo daquela época, normalmente, a alta sociedade, a nobreza. Com o tempo, foram ficando fora de moda. Também acredito (pois não pesquisei e comprovei) que as formas mais populares cântigas hoje sejam as de ninar e, talvez, uma ramificação seja os repentes populares do nordeste.

Eu adoro cântigas, na verdade, adoro rimar, criar versos, rimas, combinar palavras e brincar com elas; além, é claro, de levar o ser humano para a auto-reflexão.

Vamos pensar em uma palavra e vamos brincar com ela: Honestidade

honestidade essa é a verdade, quando ando pra cima e pra baixo,
vejo o povo cabisbaixo,

vejo o mundo, o sonho da vida, a amiga, a tia, a favela,
honestidade não tem idade, vale pra qualquer som ou frase,
veja como é bobo ou tolo aquele governante e aquele moço
por oras da rua, a agredir aos berros seu peito e desbravar sem releito.

eu paro, pego e penso,
vou pra cima como o vento, desço, digo, passo,
repasso mas não vendo.

meu irmão, tua hora aqui não, já foi. tu vira bala pra lá,
governante filho da puta, vem cá. te espero lá, no canto, na mata,
vamos ver como é que se fala, aqui quem é rei é quem mata, fala a arma,
política desgraçada, só fala, não faz e nos mata.
política corrupta, desalmada, fala e fica sem graça

quero o sangue de todos que o mal fez e não pagou
de todos os trajantes e ignorantes que naquela brasília reinou
que vive às custas do lanche da minha filha que não tem hoje

filho da puta de governante!

Eu viro e me revolto pois honestidade, nesta idade e cidade,
não tem mais jeito não. Vou embora e não volta.
Nem precisa esperar a hora.
Honestidade, aqui não tem vez não!

Político, filho da puta e ladrão!

É, desculpem, acredito que foi um verso bem forte e com palavras que possam soar como agressão mas não são. São expressões artísticas e rápidas, como se fosse um repente, tem gente que não entende. ;) Pois é meus caros amigos, quando escrevo com a rima, o negócio pega fogo. Eu esqueço do que quero escrever tudo em virtudade e em função da rima. Espero que tenham gostado! O próximo passo agora é trabalhar com essas rimas como se fossem músicas, rap ou depoimento. algo pelo gênero.

Vamos lá Brasil, mostre a sua cara!

OM SAI RAM



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